No artigo desta segunda-feira, na Folha, meu velho Mestre, apresenta, novamente argumentos exagerados sobre a situação econômica presente e futura do país. Segundo ele “ o país já voltou a condição de deficitário em conta corrente, e, alem da gradual transformação em uma fazenda e uma mina, corre-se o risco de termos nova crise de balanço de pagamentos em dois ou três anos”(p..B2,).
Ele parece não perceber que o déficit atual é bem diferente daquele do período do Governo FHC. É so olhar atentamente para os dados para perceber que ele é resultado do crescimento econômico, o qual, por vez, ocorre em bases melhores, em grande parte devido, às mudanças estruturais que vem alterando(para melhor) a economia brasileira desde o Governo Collor.
É um exagero retórico alardear a transformação do pais em “fazenda e uma mina”. Isto implica em negar todo o processo de modernização da economia brasileira, ai incluído, a modernização do setor agrícola.
O risco de crise do BP é pouco provável. Este é um dos poucos pontos positivos do sistema de metas de inflação, o que não implica afirmar ser este modelo imune a este tipo de crise, mas a probabilidade dela ocorrer é muita pequena.
Aparentemente, meu caro Mestre, realmente tem medo de ser feliz.
