Para tristeza da turma que se passa por economista em Barão Geraldo e Perdizes a economia brasileira continua a apresentar resultados robustos, demonstrando, que apesar de alguns equivocos, a política econômica do atual governo está no caminho certo. Os números, tambem, parecem indicar, que a decisão de elevar a taxa de juros é correta.
"O PIB a preços de mercado apresentou elevação de 5,8% no primeiro trimestre de 2008, em relação a igual período de 2007. O Valor Adicionado a preços básicos apresentou um aumento de 5,5% e os Impostos sobre Produtos uma elevação de 8,0%. Na taxa acumulada em quatro trimestres terminados no primeiro trimestre de 2008, o crescimento foi de 5,8%.
O Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado apresentou crescimento de 0,7% na comparação do primeiro trimestre de 2008 contra o quarto trimestre de 2007, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. Os destaques foram para o setor da Indústria, com crescimento de 1,6%, e Serviços com elevação de 1,0%. Já a Agropecuária apresentou queda de 3,5%.
Ainda na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o crescimento da Despesa de Consumo da Administração Pública foi de 4,5% no primeiro trimestre deste ano, após variação negativa de 0,2% no trimestre anterior. A Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 1,3%, seguida da Despesa de Consumo das Famílias com 0,3%. Já pelo lado da demanda externa, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram queda de 5,7%. Por outro lado, as Importações de Bens e Serviços cresceram 0,8%, apresentando o décimo crescimento seguido nessa base de comparação.
Taxa trimestral em relação ao mesmo trimestre do ano anterior
O PIB a preços de mercado apresentou elevação de 5,8% no primeiro trimestre de 2008, em relação a igual período de 2007. O Valor Adicionado a preços básicos apresentou um aumento de 5,5% e os Impostos sobre Produtos uma elevação de 8,0%. Dentre os setores que contribuíram para a geração do Valor Adicionado, a Indústria obteve o melhor desempenho com uma taxa positiva de 6,9%, seguida pelos Serviços, com elevação de 5,0%, e Agropecuária com crescimento de 2,4% na comparação com o mesmo trimestre de 2007.
A taxa da Agropecuária pode ser, em grande parte, explicada pelo desempenho de alguns produtos que apresentaram safra relevante no trimestre, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA-IBGE) de maio. Segundo o levantamento, o milho, arroz e soja, por exemplo, apresentaram estimativas de crescimento de produção no ano de 2008 de 11,4%, 8,6%, e 2,6%, respectivamente. Por outro lado, o algodão herbáceo e o fumo registraram estimativas de queda de produção de 3,7% e 1,9%, respectivamente.
Na atividade industrial, o destaque foi a Construção Civil que registrou taxa de crescimento de 8,8%, a maior taxa desde o segundo trimestre de 2004 (10,6%). Em seguida destacam-se a Indústria de Transformação com 7,3% de crescimento; Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana com 5,5% e a Extrativa Mineral com 3,3%.
O setor de Serviços apresentou crescimento de 5,0% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os maiores destaques foram para Intermediação Financeira e Seguros (15,2%); Serviços de Informação (9,5%) e o Comércio (atacadista e varejista) com uma taxa positiva de 7,7%. Os outros subsetores tiveram os seguintes desempenhos: Transporte, Armazenagem e Correio (3,7%); Outros Serviços (2,6%); Serviços Imobiliários e Aluguel (2,1%) e Administração, Saúde e Educação Pública (1,1%).
Consumo das Famílias cresce pela 18ª vez consecutiva
Dentre os componentes da demanda interna, a Despesa de Consumo das Famílias alcançou a taxa positiva de 6,6%, o décimo oitavo crescimento consecutivo na taxa trimestral em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, favorecida pela elevação da massa salarial real dos trabalhadores e pelo crescimento, em termos nominais, do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas. Já a Despesa de Consumo da Administração Pública apresentou crescimento de 5,8% no primeiro trimestre de 2008 contra o mesmo período de 2007. A Formação Bruta de Capital Fixo registrou crescimento de 15,2%, explicado, principalmente, pelo aumento da produção e da importação de máquinas e equipamentos. Ainda nesse trimestre, a aceleração do crescimento da Construção Civil foi destaque e contribuiu para o desempenho positivo da Formação Bruta de Capital Fixo.
Pelo lado da demanda externa, as Exportações de Bens e Serviços que vinham com taxas positivas desde o terceiro trimestre de 2006, registraram uma queda de 2,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. As Importações de Bens e Serviços também apresentaram mais uma vez elevação nesta comparação, da ordem de 18,9%, o décimo oitavo crescimento seguido desde o quarto trimestre de 2003.
Taxa acumulada nos últimos quatro trimestres (em relação ao mesmo período do ano anterior)
O PIB a preços de mercado acumulado nos quatro trimestres terminados no primeiro trimestre de 2008, apresentou crescimento de 5,8% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou da elevação de 5,2% do Valor Adicionado a preços básicos e do aumento de 9,4% nos Impostos sobre Produtos. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu do desempenho positivo dos três setores que o compõem: Indústria (5,7%), Agropecuária (4,9%) e Serviços (4,9%).
Dentre os subsetores da Indústria, as taxas mais altas foram a da Construção Civil com 6,5% e a da Indústria da Transformação com 6,0%. A Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana e a Extrativa Mineral apresentaram os respectivos crescimentos: 5,4% e 2,8%. As maiores elevações nos Serviços foram nos subsetores Intermediação Financeira e Seguros; Serviços de Informação; e Comércio (14,5% , 8,5% e 7,9%, respectivamente).
Na análise da demanda, a Despesa de Consumo das Famílias cresceu 6,7%. A Formação Bruta de Capital Fixo apresentou crescimento de 14,9%, o décimo sexto crescimento seguido. Um dos fatores que possibilitaram este incremento foi o desempenho da Construção Civil, que vem se recuperando desde o terceiro trimestre de 2004, nessa base de comparação e o crescimento da importação de máquinas e equipamentos favorecida pela valorização do Real frente ao Dólar. Por fim, a Despesa de Consumo da Administração Pública atingiu 3,6%.
Já no âmbito do setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram um crescimento de 4,6% e as Importações de Bens e Serviços tiveram elevação de 20,4%.
Valores correntes e conta econômica trimestral
O Produto Interno Bruto medido a preços de mercado, para o primeiro trimestre de 2008, alcançou R$ 665,5 bilhões, sendo R$ 560,7 bilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 104,8 bilhões aos Impostos sobre Produtos.
No resultado do trimestre, a Necessidade de Financiamento alcançou R$ 21 bilhões contra R$ 0,9 bilhão em 2007, redução explicada, principalmente, pela redução no Saldo Externo de Bens e Serviços no montante de R$ 15 bilhões e aumento de R$ 4,6 bilhões na Renda Líquida de Propriedade Enviada ao Resto do Mundo.
A Renda Nacional Bruta atingiu R$ 647,3 bilhões no primeiro trimestre de 2008 contra R$ 585,2 bilhões no respectivo período de 2007. Nessa mesma base de comparação a Poupança Bruta atingiu R$ 111,8 bilhões contra R$ 102,8 bilhões no mesmo período do ano anterior."
Fonte: IBGE