Leio na Folha que ontem o Presidente esteve reunido com um grupo de economistas e Ministros para discutir o que fazer em relação a inflação. Entre os economistas, o destaque é o Palmeirense e colegas( hoje governo e no Senado) de Barão Geraldo. Não é a primeira vez que esta turma consegue chegar ao ouvido de um Presidente; na primeira, o resultado foi trágico, motivo suficiente para o atual Presidente não levar muito a serio os conselhos desta turma.
É verdade que o Palmeirense não se encontra na mesma liga que boa parte da turma( maioria discípulos) que se passa por economistas em Barão Geraldo e em Perdizes. Na entrevista a Folha ela ate usa a palavra “intertemporal”( fico imaginando a reação dos seus discípulos: inter o que?) e diz que concorda com a regra, proposta pelo Arminio Fraga, para o crescimento do gasto público. É um grande avanço que vem se somar a sua opinião a respeito do superávit primário.
Como avaliar esta mudança de opinião? Na verdade este comportamento Zelig não é novo e parece ser uma característica da turma heterodoxa: no poder, ou próximo dele, são mais realistas do que o rei o que explica os resultados conhecidos...
Espero que os discípulos, sigam o exemplo do mestre, e voltem a estudar macroeconomia. Poderiam começar pelo Blanchard( macro e o lectures), Romer(advanced macroeconomics)...