Como a crise teima em não chegar com toda força nos tristes trópicos, a mídia da um jeito de aumenta-la, criando falsos fatos jornalisticos. A Folha, por ex. usou seu instituto de pesquisas para saber qual o percentual de familias com pelo menos um desempregado. Tolice brava: devido a rotatividade existente no mercado de trabalho, o resultado da pesquisa não tem a menor importancia, mas justifica a manchete sensacionalista. Parece que a Folha resolveu criar sua própria versão da realidade virtual, uma especie de retorno/homenagemm a realiadade muito peculiar de alguns dos seus quadros na já distante mocidade.
É claro que ninguem está imune a crise: esta é uma obviedade para qualquer um com o minimo conhecimento do modelo de equilibrio geral. O que não é nada obvio e por isto mesmo excitante, para quem gosta de economia, é como será o seu impacto nos paises emergentes e nas economias maduras. Naturalmente devera ser diferente em sua profundidade, extensão e duração. É isto que chamamos de descolamento. Ele dificilmente será total, mas tão´pouco deixará de ocorrer em graus diferentes em diferentes paises.
Como a formação do jornalista no Brasil fica muito a desejar e há os interesses de sempre, os leitores de jornais são levados a acreditar em uma realidade bastante distante da nossa.