sexta-feira, 1 de junho de 2012

Déjà vu...




Como mencionado, ontem, os sinais no Império apontam para a repetição do filme visto nos últimos anos. Os números do mercado de trabalho, publicados nesta sexta feira, reforçam a nossa avaliação. Apenas 69.000 postos de trabalhado criados em maio - a expectativa era de 150.000 - e os números, revisados pra baixo, de março e abril:143.000 contra 154.00, 77.000 contra 115.000 respectivamente, confirmam a perda de dinamismo da economia americana. O desemprego, também aumentou, de 8,1% para 8.2%, em razão do aumento no número de pessoas no mercado de trabalho, ou seja, aqueles que haviam desistido de procurar emprego retornaram ao mercado de trabalho e se isto se mantiver nos próximos meses,a taxa de desemprego deverá aumentar. Esta performance sofrível do mercado de trabalho recoloca na agenda a possibilidade de mais uma rodada de QE, já que medidas na área fiscal, dado o clima político, estão descartadas. Tenho dúvidas quanto a eficácia de mais uma rodada de afrouxamento monetário, a melhor opção, realmente, seria aumentar os gastos públicos. Com os yeilds dos títulos soberanos americanos em níveis absurdamente baixos, torna-se sem sentido preocupar-se com o aumento da divida pública.

Infelizmente, o Imperio não foi o único portador de más noticias. Há indicação que o desaquecimento da economia chinesa poderá ir alem de um "soft landing", caso o seu governo, continue fazendo de conta que nada de estranho está acontecendo. É mais uma fonte de preocupação para a economia mundial, principalmente para países como Australia e Brazil.