sexta-feira, 13 de julho de 2012

Aos trancos e barrancos...


O numero do PIB chines, 7.6%, no segundo trimestre não é uma Brastemp, mas tão pouco é Jason do Filme Sexta Feira Treze. Como a inflação esta em queda o governo tem um grau de liberdade maior no manuseio da política monetária, como atesta o último corte na taxa de juros e poderá, inclusive, rever a sua política para o setor imobiliário. Dado a forte dependencia da economia chinesa do mercado externo, não é de todo descabido perguntar se este número é de fato o fundo do poço, a partir do qual a tendência de desaceleração do crescimento seria revertida. A resposta, depende, me parece, fundamentalmente, dos rumos da economia mundial.

A Moody's voltou ao ataque e rebaixou os títulos soberanos italianos para um nível perigosamente próximo ao do "junk bond". O timing é pessimo e os argumentos nada convincentes. Alguns dos problemas apontados são verdadeiros, mas de modo algum justificam a avaliação negativa e injusta do governo Monti. Tão pouco parece realista o cenário político futuro, dado que tudo indica que o centro esquerda deverá vencer as próximas eleições. A aliança do palhaço e da figura menor que Bruxelas, sabiamente, derrubou, é popular, mas não o suficiente para colocar em risco o futuro da Italia.

O mercado parece discordar da avaliação da Moody's, já que a demanda para o titulo italiano de 3 anos foi muito boa e o rendimento, 4.65%, menor que o do último leilão em junho, 5.30%. No mercado secundário, o titulo de 10 bateu naquele que tem sido o seu teto nos últimos dias fechando em 6.01%, com o espanhol negociado por 6.66%. Valores ainda elevados e levemente ascendentes. Este comportamento torna cada vez mais provável o recurso ao fundo de resgate para definir um teto para os titulos soberanos italianos e espanhois.