sexta-feira, 6 de julho de 2012

It's Going To Get Worse Before It Gets Better


A semana que começou com um otimismo contido a espera de maiores detalhes sobre o que foi acordado na cupula da união europeia, termina em clima de deja vu com o retorno do titulo espanhol de 10 anos, no mercado secundário, gravitando em torno de 7%, o italiano em 6% e o Alemão, em queda, 1.33%, clara indicação da ansiedade do mercado e busca de porto seguro. O mercado deve ter percebido que sem aumento no volume de recursos do EFSF/ESM, pouco refresca autoriza-los a intervir no mercado de titulos soberanos, já que ela não terá nenhuma credibilidade, ou seja, o mercado sabe que será o vencedor de uma eventual quebra de braço. As medidas do BCE já eram esperadas, mas a suspeita de coordenação entre sua decisão com a tomada pelo seu equivalente chines, ajudaram a reforçar os temores já existentes, que tornaram ainda mais fortes com os números, de junho, do mercado de trabalho americano. Isto para não mencionar as declarações da Lagarde, do FMI, sobre o estado pra lá de letargico da economia mundial. Em suma, um conjunto de sinais que assusta ate o mais otimista dos otimistas...

Os economistas do survey da reuters apostavam em 90.000 novos postos de trabalhos, já os da pesquisa down jones colocavam as fichas em 100.000, mas o numero divulgado ficou bem abaixo destas expectativas, exageradamente, otimistas: apenas 80.000, levemente melhor que o valor corrigido do mês de maio, 77.000, mas longe do valor desejado por todos, principalmente Obama. A taxa de desemprego não apresentou variação, mantendo-se nos mesmos 8.2% do mês passado. O desemprego da população branca, pelo terceiro mês consecutivo, ficou em 7.4%; o da negra continua subido: 13% em abril, 13,6% em maio e 14.4% em junho; já o da latina continua estacionado em 11%. É preocupante o fato da alteração no total da força de trabalho, +169.000, ter sido superior ao do numero dos que se consideram empregados, 128. Se mantido, a taxa de desemprego poderá ser, ainda, pior.