Fonte: FT
O quadro acima oferece uma clara visão do processo de renacionalização do sistema bancario europeu causado pela crise da zona do euro. Alem do conhecido problema da ampliação do spread dos juros da divida soberana dos paises em dificuldades em relação aos clubes dos ainda saudáveis, há, também, dinamica semelhante no mercado de emprestimos a empresas o que, naturalmente, torna ainda mais dificil a recuperação das economias na UTI europeia e daquelas que ainda esperam por um diagnóstico sobre a sua real situação. É um cenario desolador com impacto sobre a eficacia da política monetária e que justifica a esperada intervenção do ECB no mercado secundário de divida soberana com maturidade inferior a 3 anos. Ao escolher este ponto da curva de juros, Draghi, mantem a pressão sobre os politicos, sem colocar em risco projeto da moeda única. Isto porque, para reduzir os juros da divida de longo prazo serão obrigados a implementar as reformas demandadas por Bruxelas e pelo mercado.
Enquanto espera pela reunião do ECB, o mercado continua apostanto no anuncio de maiores detalhes sobre a intervenção no mercado de divida soberana, como atesta a queda continua nos juros dos titulos italianos e espanhois de 2 anos: 2.372% e 3.072%, respectivamente. Já os de 10 anos continuam estaveis, bem abaixo do teto informal.