sexta-feira, 28 de setembro de 2012
França e Espanha....
Finalmente foi publicado o resultado do teste de stress dos bancos espanhois. Nenhum surpresa no montante necessario, 59.3 bilhões de euros, tão pouco nos nomes dos bancos com problemas: estatizados ou recebendo alguma forma de socorro público. É surpresa, no entanto, a inclusão do sexto banco espanhol, o Banco Popular, que precisa de 3.2 bilhoes de capital adicional. Felizmente, ele já declarou que não precisa de recursos públicos e deverá levantar junto ao mercado. Os grandes bancos espanhois, Santander, BBVA e La Caixa, passaram com louvor.
O resultado não convenceu de todo o mercado que reclama que o total de perda usado no teste, 17%, é muito baixo e que deveria ser pelo menos igual aos 24% usado no teste dos bancos da Irlanda. O titulo de 10 anos manteve-se próximo dos 6%, fechando em 5.938%, enquanto o de 2 anos foi negociado a 3.434%. Rendimentos elevados, haja vista, o montante que deverá ser captado em outubro.
Hollande cumpriu a promessa e apresentou um orçamento com imposto de 75% sobre os ganhos acima de um milhão de euros. Claramente anti-austeridade, o orçamento contempla forte aumento de impostos sobre o setor empresarial e congelamento do valor, nominal, dos gastos públicos. O objetivo é reduzir relação divida pública/PIB e com isto manter a credibilidade junto ao mercado, que tem garantido juros baixos para os títulos soberanos. É uma decisão sabia, já que se o humor do mercado mudar, a França tem tudo para a ser a nova vitima.
A semana terminou e Rajoy não foi obrigado a decidir sobre o pedido de socorro.É sem dúvida um grande feito que reforça a sua estratégia de empurrar com a barriga pelo menos ate o day after das eleições de 21 de outubro.