A semana começa como terminou na sexta-feira: mercado nervoso com expectativas pessimistas sobre o futuro da economia espanhola, traduzido em aumento de 9 pontoS-base no benchmark espanhol, fechando em 6.07%, com impacto sobre o italiano de mesma maturidade, que subiu 7 pontos-base e esta em 5.59%. Como mencionado, no post de sexta feira, amanha tem leilão de titulos espanhois de curto prazo e na quinta-feira de titulos de 10 e de 2 anos.
A situação fiscal da Espanha é perfeitamente administrável, apesar do comportamento pouco virtuoso das regiões autonomas sobre forte pressão pra dançar conforme a música de Berlim ou perder parte significativa da autonomia duramente conquistada. A direita espanhola velha de guerra, defensora de uma Estado centralizado e, se possível, sem regiões autonomas, saliva de prazer diante da possibilidade de finalmente realizar o seu sonho dourado. Ironicamente, possível, graças a incompetencia dos socialistas espanhois.
O calcanhar de aquiles espanhol são seus bancos que precisam urgentemente de nova capitalização via mercado o que não é nada fácil no momento atual. Recorrer ao BCE, por enquanto, ainda não é uma alternativa, mas poderá tornar-se inevitável muito antes do que se imagina. Aos poucos, tambem, o mercado começa a reconhecer que a austeridade vai deixar, no curto prazo, a situação ainda pior o que podera traduzir-se em conflitos politicos e sociais. Em outras palavras, austeridade = ausencia de crescimento = aumento no desemprego = queda de arrecadação, que ,somados, é um Deus nos acuda...