Sexta-feira com as principais bolsas em territorio negativo e o benchmark espanhol(titulo de 10 anos) rompendo a barreira dos 6% e custo do seguro contra o default em niveis perigosamente elevados. A Espanha continua na marca do penalti e a beira de um ataque de nervos com o novo governo, de direita, usando a situação econômica para tentar reverter o grau de autonomia conquistado por regiões como Catalunia, País Basco e Andaluzia, entre outras. É verdade que a gestão fiscal destes entes autonomos tem ficado muito a desejar e a continuidade desta pratica coloca, naturalmente, em risco o pacote econômico da nova administração. O enquadramento fiscal destas regiões é, portanto, necessário, sem , no entanto, atingir em cheio a autonomia. Missão, sem duvida, muito dificil e que podera criar ainda mais tensão política que é tudo que a Espanha não precisa no momento. É sempre bom lembrar que o risco de contaminação é real, como podemos verificar no comportamento do benchmark italiano na semana passada. A situação é delicada e o próximo capitulo deste dramalhão é o leilão de titulos espanhois na terça feira da próxima semana. Melhor relaxar no fim de semana.
Enquanto isto a China continua em processo de "soft landing" sob a competente batuta da sua autoridade econômica. É sem dúvida uma ótima noticia, já que havia o temor de um movimento mais brusco que seria um risco pra infartada economia mundial. Já no grande bananão, continua a novela da taxa de juros, com os bancos, como de costume, defendendo com unhas e dentes sua posição e exigindo contrapartidas da União para reduzir os juros e ampliar o credito. O comportamento dos bancos é indefensável, haja vista a sua escandolosa lucratividade, e o resultado, se mantida a posição atual, é perda de fatia de mercado. O HSBC concordou em reduzir a sua taxa minima, sem alterar a máximo, o que é um bom sinal, porém não implica, necessariamente, em queda nas taxas praticadas.