quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A Italia respira...


Segundo Maria Fekter, Ministro das Finançãs da Autria, "if the ECB helps, it can only happen with condition". É a mesma avaliaçâo e preocupação do Draghi e demais membros do board do ECB: como socorrer os paises em dificuldades e evitar, ao mesmo tempo, o problema do moral hazard. Ela não mencionou, mas sabemos ser o exemplo italiano do último verão a fonte da preocupação com a sua repetição neste outono europeu.

Enquanto isto na Espanha, Valencia, anunciou que deverá solicitar um valor maior que o previamente anunciado: 4.5 bi. Alem dela, Catalunha já avisou que precisa de 5.023 bi e a Murcia, 700 bi. Ha, ainda, mais 4 regiões na fila, que ainda não anunciaram o valor do socorro a ser solicitado ao Fondo de Liquidez Autonómico, cujo volume total de recursos é bem limitado: 18bilhôes. Pelo andar da carruagem, não será suficiente para ajudar todas as regões que, naturalmente, deverá impactar negativametne sobre os juros da divida soberana italiana. Por enquanto, parece ter afetado somente o rendimento do titulo de 2 anos que fechou em 3.709%. O titulo de 10 anos continua estável, 6.57%.

O retorno da Italia ao mercado de titulos de 5 e 10 foi um sucesso, com a demanda deste ultimo em 1.4 vezes, e os juros no valor mais baixo dos últimos 5 meses, 5.82%, contra 5.96% em julho. O titulo de 5 anos foi negociado a 4.73%, contra 5.29% do último leilão. A queda nos juros de curto prazo, não alterou o comportamento do titulo de 10 anos que fechou em 5.79%. O bom resultado do leilão é mais um indicio que o mercado já precificou o valor dos titulos de curto prazo o que implica afirmar que dependendo do resultado da próxima reunião do ECB, os juros dos titulos de curto e longo prazo devem subir. Se o ele argumentar que precisa esperar o veredito da Corte Alemâ, a varição será minima, mas se comunicar que precisa de mais tempo e que somente na próxima reunião em 4 de outubro será possível apresentar maiores detalhes sobre o plano, a subida será maior.

Os numeros do setor externo alemão demonstram que o estado anemico da economia europeia começa a afetar a toda poderosa locomotiva da zona do euro. As exportações para a zona do euro cairam 1.2%, sendo que para os paises em dificuldades a perfomance foi muito ruim: Portugal, -14.3%; Espanha, -9.4%, Grecia, -9.2% e Italia, -8.2%. Felizmente, o resultado para o resto do mundo fou muito bom: Japão, 19.9%; USA, 18.6%; Russia, 14.8%. O resto do mundo recebe 42% das exportações alemã. Há um ano era 39.7%