sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Esperando setembro chegar...
A semana começou com reversão do movimento descente dos rendimentos dos títulos espanhois e italianos de 2 anos: 4.22% e 3.49%. Felizmente, nesta sexta-feira, eles voltaram a cair, fechando em 3.75% e 3.17%, respectivamente. Esta volatibilidade pode ser explicado pelo baixo volume de negócios no verão e a ansiedade com as decisões que deverão ser tomadas no mês de setembro. O comportamento de alguns politicos, como é o caso recente de um membro do gabinete finlandes, piora ainda mais o já carregado ambiente neste mês de agosto. É obvio que todos os governos da zona do euro já devem ter formulado um plano B - para o caso da improvável implosão do euro. Tornar público esta decisão é, no entanto, uma grande tolice que somente interessa àqueles que continuam apostando no insucesso da experiência de unificação monetária europeia. Merkel, felizmente, não é dada a este tipo de desatinos e reafirmou, mais uma vez, seu apoio ao Draghi. É uma declaração importante, haja vista, as criticas que ele tem recebido de membros da coalizão que governa a Alemanha.
No grande bananão Dilma apresentou pacote de licitações de ferrovias e rodovias sinalizando que a sua visão de desenvolvimento econômico não exclui a participação do setor privado. É, obviamente, uma forma de privatização, mas com objetivos bem diferentes daquela realizada pelo governo da nova direita. Ali tratava-se de vender a prata da casa, para pagar alguns papagaios; no caso do atual governo é parte de um esforço de modernização e ampliação da infra estrutura visando a construção de um país socialmente menos injusto. Este objetivo somente será alcançado com um clima mais favorável ao setor privado: demoniza-lo, como ainda é a regra em alguns aparelhos acadêmicos do marxismo talebã é uma grande tolice, assim como também o é, o comportamento oposto e acrítico. Reconhecer os meritos do setor privados, não implica em deixar de apontar as suas falhas, sem o que será dificil construir uma robusta economia social de mercado.