sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Semana sem grandes novidades...
Janio dificilmente deve ser a fonte de inspiração, mas o fato é que Presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, adotou a sua estratégia de repetidas ameaças de renuncia para protestar contra a proposta de compra de titulos soberanos no mercado secundário. Merkel, por enquanto, consequiu demove-lo, mas como tudo indica que a proposta do Draghi será aprovada pelo board do ECB, Weidmann em breve deverá cantar em outro lugar. Para evitar que isto aconteça, é necessario massagear seu ego e esta parece ter sido a intenção do representante alemão no ECB, Joerg Asmussen, ao propor a participação do FMI na formulação do cojunto de medidas que será a contrapartida exigida para a compra dos titulos no mercado secundário.
O ruido alemão e aumento significativo da fuga de capitais na Espanha neste primeiro semestre, impactaram negativamente sobre os juros dos titulos italianos e espanhois de 10 anos que fecharam em 5.89% e 6.92%, bem próximo do teto de cada um. Já os titulos de 2 anos continuaram em queda e foram negociados por 2.796% e 3.656%, respectivamente.
Li muito rapidamente o discurso do Bernanke e não encontrei nenhuma promessa de medida eminente na área monetária. A defesa da eficácia do afrouxamento monetário adotado sinaliza a disposição de implementar uma nova rodada, caso a economia americana não apresente sinais de recuperação, principalmente do mercado de trabalho. Como este é um ano eleitoral, acredito que a primeira opção dele é por dar uma tempo para colher os resultados da operação twist. Reconheço, no entanto, que a probabilidade do QE3 aumentou substancialmente.