terça-feira, 14 de agosto de 2012
Alemanha, palida mãe..
Com contração de 0.2%, a zona do euro encontra-se no novamente na rota da recessão que ate o presente momento havia conseguido evitar com a boa performance econômica da poderosa Alemanha e, em menor, medida da França. O PIB desta última manteve-se, mais uma vez, inalterado, enquanto que o da primeira, 0.3%, foi melhor que o esperado, mas insuficiente para segurar a barca europeia que se aproxima, novamente, perigosamente do precipicio.
O bom resultado da Alemanha, ate o presente momento, tem sido surpreendente, haja vista, ser um pais cujo crescimento é puxado fundamentalmente pelas exportações. A zona do euro absorve 40% das suas exportações e se incluirmos todos os paises da União Europeia o percentual é ainda mais significativo: 60%. Ela é também um dos poucos paises que conseguiu entrar com sucesso no mercado chines, que acolhe 7% das suas exportações. Com a crise da zona do euro sem perspectiva de solução definitiva para o futuro próximo e o desaquecimento chines, é de se esperar uma piora no cenário econômico alemão nos próximos trimestres. Esta mudança no horizonte da economia alemã poderá beneficiar aqueles que tentam convencer a elite política alemã que é do seu interesse encontrar uma solução, o mais rapido possível, para crise da zona do euro. Enquanto ela apresentava números que a qualificava como ilha de prosperidade e calmaria em meio a tormenta, era muito dificil convence-los daquilo que para o resto do mundo é evidente: a Alemanha é quem mais ganhou com unificação monetária.