Diante da perspectiva cada vez mais provável de crescimento abaixo dos 3%, a atual administração resolveu retomar medidas colocadas em pratica, com sucesso, no passado recente: redução do IOF das operações de crédito ao consumidor de 2,5% para 1,5%; redução dos juros para comprar de maquinas, equipamentos, obras; redução no compulsorio dos banco; redução do IPI sobre os carros nacionais e importados. É o renascimento, versão Dilma, do stop and go. Não se pode, naturalmente, criticar o governo por estar se mexendo, parado que não poderia ficar, resta saber se a colheita será tão generosa quanto se espera. A probabilidade disto ocorrer não é grande, haja vista, a situação de endividamento das familias e o tempo transcorrido entre as medidas atuais e as do passado recente ser muito pequeno, para justificar a troca de bens pelo número, diminuto, de familias com capacidade de endividamento. É verdade que a redução das prestações é um forte incentivo, porem, não o suficientemente forte para gerar um volume de demanda como àquela período do Lula.As familias brasileiras, ao contrário das americanas, felizmente, ainda não estão dispostas a assumir um endividamento alem do razoável e este comportamento deve ser elogiado e não criticado. Afinal forte endividamento criado, artificialmente, por crédito barato nunca acaba bem.
Confesso, não considerar justificável a redução do IPI dos carros, me parece que a redução do IOF seria suficiente. A razão parece ser basicamente política; um agrado ao eleitorado do mais importante político do grande ABC e, por acaso, candidato a governador de SP. O mundo é governado pela política e várias medidas que não se justificariam pela criterio estritamente econômico, não raro, devem ser implementadas. Não é o caso, contudo, da redução do IPI.