quarta-feira, 2 de maio de 2012
Tolices na america espanhola
Parece que a insensatez é altamente contagiosa na america espanhola. Primeiro foi a decisão da Presidente da nossa charmosa colonia, agora é vez do simpatico Presidente da Bolivia usar da mesma tática para agradar sua base social e eleitoral, que não anda nada feliz com o seu governo. Estatizar sempre agrada ao nacionalista de plantão, melhor ainda quando a empresa é da mesma nacionalidade da antiga metropole do período colonial. Vingança, tardia, mas vingança. Passada a euforia, uma questão se coloca: o que fazer com a empresa? afinal a Bolivia não tem condições de fazer os investimentos necessários e teria sido muito melhor ter forçado o antigo proprietário a faze-lo. Alem disto, há ainda a questão da percepção externa a respeito da segurança dos investimentos estrangeiros na Bolivia. Porque investir em um país em que há, aparentemente, um novo surto de expropriação do investimento externo? Ele é, sabidamente, fundamental para garantir melhores condições de vida ao sofrido povo boliviano. Imaginava que depois das tolices no inicio de seu governo e da adoção de uma política econômica que está longe, muito longe de ser populista, ele teria dado adeus aos devaneios do passado, a visão do estado como criador de riqueza e reconhecido que esta última é função do setor privado. Cabe ao estado garantir uma justa distribuição da riqueza criada pelo setor privado. Insistir no caminho estatista é um erro que será pago, como sempre, pelos mais pobres.