segunda-feira, 14 de maio de 2012
Um presente de grego...
Mais um inicio de semana agitado, com boatos e alta ansiedade a respeito do futuro da Grecia na zona do euro. O que antes era discutido entre quatro paredes e em voz baixa, agora ganha o espaço público e é turbinado por várias figuras menores, entre as quais, Osborne, do Reino Unido, que culpa a zona de euro, principalmente a Grecia, pela pessima performance econômica da perfida albion. Não, a culpa não é da austeridade, argumentou. Oh Deus! Tem que ser cara de pau e sem nenhuma hombridade para não assumir o resultado, negativo, das medidas que ele colocou em prática. Mas, vivemos em um mundo de homens pequenos, vazios e pateticos. Atores a procura de um texto a altura da mediocridade que ostentam sem nenhum constrangimento.
Como explicar mais este faniquito do mercado? A Grecia vai realmente sair da zona do euro? A resposta para a segunda questão é não. Abandonar a zona do euro, implica em abandonar a comunidade europeia, pelo menos é isto que consta do acordo que ela assinou. Nele não há espaço para plano B, mas, diria alguem contrário ao projeto europeu, é sempre possível, colocar o acordo legal de lado e sair pela porta dos fundos. Pouco provavel, já que o ganho para a Grecia seria pequeno e o precedente criado teria um impacto absurdo sobre o futuro do projeto da zona do euro. Se um país em dificuldade opta por sair sem pagar nenhum pedagio, abre a possibilidade para que o outros, em situação parecida, no futuro, escolha a mesma rota e isto seria o fim do projeto da zona do euro. Em outras palavras, o problema não é, apenas, a saida da Grecia em si, que teria um impacto, econômico, maior sobre ela, que sobre a zona do euro, mas o sinal que passaria sobre o propria solidez do projeto do euro. O risco de contágio serio muito grande e dificil de ser contido. Por isto me parece que ao falar abertamente da possibilidade de saida da zona do euro, os lideres europeus, estão fazendo pressão sobre a esquerda grega que insiste em renegar o pacote negociado, mas não se mostra disposta a abondonar a comunidade europeia, pela simples razão que a população grega, também, não se mostra disposta a perder o bem bom recebido nos últimos anos e quer continuar na comunidade, mas sem completar o ajuste, necessário, que em parte ela já cumpriu.É verdade que há ainda um longo caminho a ser trilhado porém, dentro ou fora da zona do euro, as reformas são necessárias e por isto seria uma tolice tamanha dar adeus aos primos ricos...