O bruxo, em artigo da Folha de hoje, argumenta que “Há duzentos e cinqüenta anos a Economia Política mostra que o desenvolvimento é um fenômeno complexo condicionado pela cultura, pela história, pela geografia, pela antropologia etc., e que depende, para realizar-se, de um Estado-Indutor capaz de cooptar a sociedade para realizá-lo”
Conclui o artigo com a afirmação “bombástica” : “Nunca houve um processo de desenvolvimento sem a intervenção do Estado-Indutor.”.
Será que a convivência com o “avvocato” teria levado o bruxo pelo (dês)caminho da retórica vazia da turma de Barão Geraldo?
Afinal o que vem a ser o Estado Indutor? Sabemos não ser o Estado Produtor. Seria o Estado Regulador que surgiu com o processo de privatização? Ou um meio termo entre os dois tipos de Estado?
É um Estado vazio que paira sobre as classe sociais e grupos de interesses? Afinal o quem vem ser este Estado?
Muda-se o nome, mas não os objetivos e os pressupostos: O Estado Indutor determina a decisão do agente e a única diferença em relação ao Estado Produtor é a propriedade do resíduo, mas não o seu uso/alocação, que ,por sua vez, abre o espaço para a atuação dos grupos de interesses. Este Estado, naturalmente, somente mantem-se em pé, teoricamente, se negarmos toda a literatura sobre captura e o papel das informações na economia.