O que fazer com a TJLP? Esta parece ser a questão do momento. Para o Bacha e o Banco Central elevá-la seria a resposta, já Nakano, discorda argumentando que “em vez de o BC propor a alta da TJLP -que incide sobre investimentos, que ampliam a capacidade produtiva e, portanto, contêm a inflação-, deveria refrear a expansão excessiva dos agregados monetários e de crédito, pois, para isso, possui instrumentos convencionais e de comprovada eficácia.”(FSP, 13.06.08). Ele também não está convencido da eficácia da politica de elevação gradual da taxa Selic, sendo favorável a política fiscal, mais precisamente a redução dos gastos correntes do governo.
Nakano tem razão em relação a política fiscal o que explica, também, sua objeção a elevação da TJLP. É realmente recomendável focar nos gastos correntes, mas resta saber se é politicamente viável fazê-lo, lembrando que esta política quase custou a re-eleição do Covas.
É verdade que o investimento amplia a capacidade produtiva, mas isto, somente no longo prazo. No curto prazo - como bom macroeconomista que é – ele sabe que o impacto é outro. O subsídio implícito na TJLP não se justifica, quando se sabe que os tomadores possuem acesso a outras fontes de financiamento. Se o BNDES fosse a única fonte de financiamento ainda seria , no mínimo, discutível, a política de empréstimo subsidiado. Não me parece ser esta a função do Estado.